Na conferência «Floresta e Território» irá participar no painel “A rentabilidade do pinheiro bravo” e o tema da sua apresentação é:
Portugal tem condições de solo, clima e de disponibilidade territorial, que permitem um desenvolvimento florestal competitivo, considerando a AIFF ser um desígnio nacional a aposta neste setor de atividade já tão importante, como o evidenciam os seus indicadores económicos.
Num País que não tem muitos recursos naturais a potenciar a economia, estamos perante dois incontornáveis e de excelência, a madeira e a cortiça das nossas florestas, que são responsáveis pela criação, manutenção e utilização de uma importante riqueza, económica, social e ambiental, de elevado valor acrescentado.
Atualmente, a percentagem de importação de matéria-prima das indústrias do setor florestal representadas na AIFF é muito elevada, tendo em 2012 atingido valores entre os 20 e os 30%. Esta preocupante realidade, que se traduz na perda de competitividade no mercado global de um setor tão relevante para a economia nacional, representa, atualmente, uma das principais preocupações da estrutura associada da AIFF e dos elementos da sua Direcção.
A balança comercial referente às indústrias da fileira florestal apresenta um saldo positivo de 2.474 milhões de euros em 2013, representando 9,1% do total das exportações nacionais de bens e 3,4% do total das importações nacionais de bens.
A fileira florestal representa 12,1% do número total de pessoas ao serviço nas empresas das indústrias transformadoras, 2,2% do total de pessoas ao serviço das empresas em Portugal e 1,7% da população empregada total.
A análise ao investimento florestal direcionado para a produção florestal realizado através de programas de apoio no período 2000-2013 revela um total de 901.389.910 euros. Cerca de 50% deste investimento foi realizado já através do PRODER.
Relativamente aos programas de apoio ao investimento à indústria da fileira florestal no período 2000-2014 estes totalizaram um investimento global de 2.473.154.136 euros, do qual cerca de 50% foi executado através do QREN. A análise por subfileira revela que o maior volume de investimento foi realizado pela subfileira da pasta e papel (1.165 milhões de euros, 47% do total), seguindo-se a subfileira da madeira e mobiliário (780 milhões de euros, 32% do total) e a subfileira da cortiça (525 milhões de euros, 21% do total).